quarta-feira, 3 de março de 2010

Duvide do seu cérebro



Dan Ariely desconfia do dele. E de idiota ele não tem nada. É professor de economia comportamental da Universidade Duke e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o MIT. Autor de Previsivelmente Irracional, Ariely diz que as decisões que tomamos - mesmo as mais milimetricamente calculadas - são contaminadas por sentimentos ou influências que nem mesmo percebemos. E que estragam o trabalho da razão.


Por que seu interesse nas nossas decisões?

Aos 18 anos, tive 70% do corpo queimado por uma explosão. Passei 3 anos no hospital. Todos os dias, as enfermeiras trocavam as bandagens que cobriam meu corpo puxando-as de uma vez. Meu sofrimento era terrível. Quando eu perguntava se não seria melhor tirar as bandagens devagarinho - o que aumentaria a duração da dor, mas reduziria sua intensidade -, as enfermeiras garantiam que não. Depois de sair de lá, fiz testes com dor e concluí que aquele só era o método certo para as próprias enfermeiras, que também sofriam com a minha situação. Foi então que comecei a me interessar pelas decisões que tomamos.


A que conclusão você chegou com os estudos?

Descobri que, sem perceber, deixamos de usar a razão frequentemente. Isso acontece porque nossas decisões são guiadas por fatores que passam despercebidos pelo cérebro quando calculamos nosso próximo passo. É possível estimular as pessoas a ver a realidade de um jeito distorcido - e elas acharão que estão vendo tudo da forma mais lógica possível.


Como assim?

Veja a influência do hábito. Sentimos que estamos sempre tomando decisões - mas, na verdade, repetimos a mesma decisão várias vezes. Você nem sempre pesa os prós e contras na hora de escolher. Só conclui que, se já agiu assim antes, sua decisão anterior deve ter sido razoável. Se comprou um carro grande, é provável que continue comprando.


Como a nossa razão pode ser manipulada?

Se estimulamos uma pessoa a adotar uma certa ótica, ela pode acabar vendo o mundo de forma diferente - o que se reflete em suas decisões. Um exemplo: reunimos alunos do MIT para fazer uma prova de matemática. Eles tinham 5 minutos para resolver vários problemas. Ao fim do tempo, deveriam rasgar a prova, dizer quantas questões haviam feito e ganhar dinheiro por elas. O resultado: vários alunos mentiram, porque sabiam que não seriam pegos. Mas, num dos testes seguintes, fizemos os alunos jurar sobre a Bíblia que não iam nos enganar. E eles não mentiram - nem mesmo os ateus. Ou seja, não tiraram uma conclusão em função dos benefícios do dinheiro e do risco de serem pegos. O raciocínio deles foi orientado pela moral, e isso inclui aqueles que supostamente nem acreditam na Bíblia.


Dá para se prevenir contra essas fraquezas?

Sim, com mecanismos que as eliminem. É duro economizar todo mês, não é? Em vez de confiar em nós mesmos, podemos criar um sistema que retire uma parte do nosso salário e a deposite na conta de aposentadoria. Afinal, se o cérebro prega peças, temos de abandonar a confiança cega nele.

Por que a gente sonha?



“O sonho não é sem sentido, absurdo, não pressupõe que uma parte de nossas idéias está dormente enquanto outra começa a despertar. É um fenômeno psíquico válido, a realização de um desejo.”


Sigmund Freud, psiquiatra austríaco fundador da psicanálise, em 1899.


“Os sonhos não são só realizações de desejos ocultos mas uma ferramenta que busca o equilíbrio pela compensação. São um meio utilizado pelo inconsciente para se comunicar com o consciente.”

Carl Jung, psiquiatra suíço, pai da psicologia analítica, na década de 1930.

“A psicanálise parte de premissas injustificadas, como de que sonhos refletem desejos reprimidos. Não há nenhuma evidência real disso.”

Robert Stickgold, psiquiatra da Universidade Harvard e pesquisador dos sonhos.

“O sonho é uma simulação do futuro. Sempre que tenho uma situação de pressão, presto atenção neles e tenho boas respostas.”

Sidarta Ribeiro, neurocientista brasileiro e pesquisador dos sonhos.

“A resposta mais honesta é: ainda não sabemos a função do sonho. Apesar de numerosas teorias, ainda não entendemos completamente o propósito do sono ou do sono profundo, que é quando a maior parte dos sonhos acontece."

Dinossauros vão voltar. E para seu bem



Eles foram extintos. Mas a ciência tem um jeito de recriá-los. Para quê? Pra encontrar remédios para as nossas piores doenças.


Os dinossauros foram extintos há milhões de anos. Mas isso não significa que nunca mais teremos um deles na Terra. É possível que um ou mais deles voltem a viver no planeta um dia. E - acredite - isso vai ter uma importância incrível para você.


Como assim? Do começo: para recriarmos um dinossauro, o jeito fácil seria usar DNA dos animais extintos. O problema é que, até agora, nunca se encontrou material genético de dinossauros. Isso significa que teríamos de achar uma alternativa. Pois nós descobrimos essa alternativa.


Na verdade, temos algum restinho de DNA de dinossauro. Ele não está nos ossos de animais mortos, e sim nos tecidos de seus descendentes, os pássaros. Pássaros são dinossauros vivos, apesar de não se parecerem com seus ancestrais. Não têm cauda ou dentes, por exemplo. E possuem asas, em vez de braços. Mas há características comuns entre eles, como o pé com 3 dedos e a fúrcula, aquele osso em forma de Y conhecido como osso da sorte. Se você pudesse olhar dentro de um ovo enquanto um pássaro se forma, veria que o bicho até chega a desenvolver cauda e braços. Essas estruturas, no entanto, acabam se desintegrando com a atuação de alguns genes, antes que o ovo seja chocado.


Ou seja: a chave para construirmos um dinossauro está no funcionamento desses genes. Tudo o que precisamos é impedir que eles sejam "ligados" e destruam a cauda e os braços antes que se formem por completo. Alguns pesquisadores estão fazendo isso, como Hans Larsson, professor da Universidade McGill, de Montreal. E pesquisadores da Universidade de Wisconsin já descobriram quais genes podem gerar pássaros que tenham dentes.


Esses experimentos têm um objetivo nobre: descobrir como encontrar determinados genes e aprender o jeito de ligá-los e desligá-los. Quando soubermos mais sobre o processo de transformar pássaros em dinossauros, poderemos usar as informações para o nosso próprio bem. Esperamos poder compreender melhor algumas doenças genéticas que afetam a nós, humanos. E talvez até controlá-las.


Por isso, estamos usando frangos como cobaias. Acreditamos que podemos criar um "frangossauro" (ou chickenosaurus, em inglês) - um pássaro que tenha características dos dinossauros. Criaturas assim seriam produzidas somente uma por vez, e apenas dentro de um ovo. Não seriam liberadas para correr pelo laboratório e perseguir pessoas.


Não pensem que estamos tentando criar um frangossauro por diversão ou para aparecer em manchetes. Será apenas uma forma de desenvolver métodos práticos de engenharia genética que nos livrem de doenças graves. E, de quebra, destrinchar o desenvolvimento da evolução.


terça-feira, 2 de março de 2010

Saiba Como Aumentar a Sua Inteligência



Talvez não chegue aos níveis de inteligência do Einstein, no entanto poderá aumentar a sua inteligência com uma simples mudança na sua rotina diária.


Um teste feito num programa da BBC parece comprovar isto mesmo: um conjunto de simples exercícios mentais, como fazer Sudoku, tomar banho de olhos fechados, lavar os dentes com outra mão, escolher uma palavra desconhecida no dicionário e tentar inseri-la numa conversa, escolher um caminho diferente para chegar ao trabalho, ou mesmo memorizar uma lista de compras, podem torna-lo 40% mais inteligente em poucos dias. A experiência feita nesse programa de televisão parece confirmar a crença, aceite entre os cientistas, de que fazer uma simples alteração no estilo de vida pode traduzir-se em significativas melhoras do funcionamento cerebral.


Os autores desse show notaram que uma combinação de técnicas baseadas numa alimentação saudável, actividade física, boas noites de sono e estimulações mentais, como resolver puzzles e memorizar listas, pode incrementar a inteligência e sanidade da pessoa, fazendo com que ela tome melhores decisões.


Por outro lado, existem alimentos que poderão proporcionar uma resposta e raciocínio mais rápido, aumentando a inteligência…


1 - Óleo de peixe: Existe um velho ditado que diz “Peixe é a comida do cérebro”. Infelizmente eu não recomendo o peixe em si, pois a maioria, que compramos no supermercado está contaminada com mercúrio, em proporções não muito perigosas, mas suficientes para eliminar algumas de suas principais propriedades. Sabe aquele óleo das latas de sardinha, que geralmente jogamos fora? Seus pontos de QI estão indo ralo a baixo!


2 - Vegetais crus: Alface, repolho, brócolis e todas as saladas verdes possíveis. Seu filho está mal na escola? Dê salada pra ele!


3 - Ovos crus: Tudo bem, eu sei que a princípio parece estranho/nojento. Mas não há nada que tenha mais proteínas do que um ovo cru. E há diversas receitas deliciosas que podem ser preparadas sem o cozimento. Você tem medo da Salmonella? Pois saiba que de todos os ovos produzidos hoje, acredita-se que apenas 0,003% estejam contaminados. O risco é baixíssimo.


4 - Esqueça o açúcar: Este é um alimento não recomendado. O açúcar em grandes quantidades é o grande responsável pela falta de memória permanente ou pelo súbito “branco”. Chocolate antes da prova do vestibular? NUNCA!


5 - Uvas: Elas não são apenas deliciosas, mas também um dos mais poderosos alimentos anti-oxidantes do planeta. Elas agem diretamente no seu cérebro e podem até reverter quadros de perda de memória. Além de tudo isso, ainda ajudam na prevenção do câncer e infecções urinárias.


Muitas pessoas sentem no seu dia-a-dia que estão a dar muito menos que a sua capacidade intelectual. Se é uma dessas pessoas, recomendamos que se guie pelas seguintes actividades de forma a melhor a sua inteligência:


Sábado: Escove os dentes com a sua mão menos hábil e tome banho de olhos fechados.


Domingo: Faça as palavras cruzadas que saem todos os dias nos jornais e revistas. Faça uma caminhada energética.


Segunda: Coma peixe ao almoço. Troque a forma de transporte que utiliza para ir até ao seu trabalho: caminhe, pedale ou apanhe o metro.


Terça: Escolha palavras pouco comuns do dicionário e tente usá-las nas suas conversas.


Quarta: Faça Yoga, Pilates ou qualquer outro tipo de exercício físico de relaxamento. Converse com alguém que não conheça.


Quinta: Vá para o trabalho por um caminho diferente do que costuma ir. Veja um programa de televisão que nunca tenha visto antes.


Sexta: Evite o álcool e a cafeína. Memorize uma lista de compras ou de números de telefone.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Cientistas descobrem o gene do Peter Pan



Se você não consegue entender por que Paul Mc Cartney parece muito mais jovem do que o Mick Jagger, apesar dos dois terem quase a mesma idade, uma pesquisa publicada no Nature Genetics pode ajudar a responder essa dúvida.


A análise do DNA de 12 mil pessoas revelou que 38% da população têm um conjunto de genes que acelera o envelhecimento em 3 a 4 anos, enquanto outros 7% têm esse conjunto duplicado, parecendo até 8 anos mais velhos.


Já o sortudos, que ficam anos com carinha de bebês, trazem o chamado “gene de Peter Pan”. O gene está ligado ao tamanho dos telômeros – as extremidades dos cromossomos. Na divisão celular, telômeros maiores demoram mais para se reduzir e morrer – evitando assim, o envelhecimento celular e fazendo com que o rostinho jovem dure por mais tempo. Torça para ter o seu!

Visão das borboletas evoluiu para encontrar parceiro ideal



A evolução da visão de borboletas tem uma relação fundamental com a diversidade de cores de suas asas, é o que diz uma pesquisa conduzida por biólogos da Universidade da Califórnia, nos EUA. De acordo com os cientistas, as borboletas selecionam o parceiro pela diversiade de cores que este apresenta e quanto mais rápido for nessa escolha, mais tempo tem para buscar alimento, proteção e garantir sua sobrevivência. As informações são do Live Science.


As borboletas da espécie Heliconius, possuem um gene duplicado, permitindo enxergar cores e pigmentos amarelos ultravioletas em suas asas. Segundo a pesquisadora Adriana Briscoe, responsável pelo estudo, com isso as borboletas não perdem tempo perseguindo o parceiro errado.


O gene para a visão do ultravioleta e pigmentação amarelada foi desenvolvido pelas borboletas entre 12 e 25 milhões de anos atrás. Das 14 mil espécies de borboletas existentes no mundo, somente os exemplares da Heliconius, das florestas mexicanas, da América Central e América do Sul, são conhecidos por este gene duplicado.


A análise de milhares de amostras de asas mostrou que as borboletas com apenas um "gene para visão ultravioleta" tinham pigmentos amarelos que não eram ultravioletas. No entanto, o pigmento ultravioleta foi encontrado em borboletas com ambos os genes. O estudo foi publicado na versão online da revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Cães pequenos são resultado da mutação de um gene, diz estudo



Desde o ano de 2007, já era do conhecimento do meio científico que o gene que "transformou" um lobo em um Yorkshire terrier foi originado no Oriente Médio há mais de 12 mil anos. O que não estava confirmado é que todos os cães pequenos carregam as mesmas mutações no DNA. Agora, a equipe da pesquisadora Melissa Gray, da Universidade de Wisconsin, nos EUA, descobriu que quase todas as 23 raças de cães pequenos - e quase nenhum dos 15 grandes - têm mutações em um gene chamado IGF-1. As informações são do New Scientist.


"A explicação mais simples é que as mutações surgiram de um ancestral comum antes de que os cães domesticados se espalhassem por todo o planeta", diz Nate Sutter, da Universidade Cornell em Ithaca, Nova York, membro da equipe de Gray.


A equipe procurou as mutações em 17 populações de lobo cinzento - o ancestral comum dos cães - ao redor do mundo e não as encontrou. Este fato, segundo os cientistas, sugere que o gene tenha mutado no período da cadeia evolutiva em que já existiam os cães e, muito provavelmente, que eles já viviam com o homem.


Para descobrir onde os primeiros cãezinhos foram domesticados, a equipe olhou para a região do DNA próxima do IGF-1, onde ocorreram as mutações. Eles fizeram isso em cães e lobos e constataram que a região que vem depois da mutação do DNA do cão pequeno, era mais parecida com a de lobos cinzentos de Israel, Irã e Índia. "Isso fornece fortes evidências para a evolução precoce de cães pequenos no Oriente Médio", descreveu a equipe.


Eles notaram que os resultados vão de encontro com achados arqueológicos dos restos de cachorros pequenos nos túmulos do Oriente Médio de 12 mil anos. A Agricultura começou na região na mesma época e os pesquisadores salientam que "tamanho pequeno pode ter sido mais desejável nas sociedades agrárias". De fato, muitos animais, incluindo bovinos e gatos, também do Oriente Médio, são menores que seus parentes selvagens.