terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Cérebro tira benefícios de sonhos e pesadelos




Estudos divulgados este mês constataram que o cérebro tira benefícios dos sonhos, sejam eles bons ou ruins. Um estudo publicado na revista Associação Americana de Psicologia, mostrou que o sonho ruim serve para aliviar o cérebro de emoções negativas acumuladas, como angustias e problemas do dia-a-dia. A pesquisa afirma que os pesadelos só devem ser encarados como ruins se depois de acordar a pessoa encontrar dificuldades para fazer suas atividades. Caso contrário deve ser encarado como um sonho que trabalha emoções difíceis.
“A pesquisa faz sentido, já que, os sonhos e os pesadelos são tentativas de lidar com o sofrimento e processar dados que não puderam ser processados durante o dia por falta de tempo ou outro motivo”, afirma Áurea Afonso Caetano, psicóloga da Associação Brasileira de Psiquiatria Analítica.
A psicóloga ainda afirma que podemos tirar proveito dos sonhos, analisando os sentimentos e sensações obtidas, pois, segundo ela, os sonhos ajudam a pessoa a entrar em contato com ela mesma. “Os conteúdos dos sonhos, as lembranças, podem trazer dicas para as pessoas”, explica.
Outro estudo publicado na última semana na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, revelou que o sono na fase REM (sigla em inglês para movimento rápido dos olhos) estimula diretamente o processamento criativo no cérebro mais até do que o período em que se está acordado.
“Verificamos que, para questões ligadas ao que a pessoa está trabalhando no momento, a passagem do tempo é suficiente para encontrar as soluções. Entretanto, para novos problemas, apenas o sono REM é capaz de aumentar a criatividade”, diz a coordenadora da pesquisa, Sara Mednick, da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos.
Segundo a pesquisadora, o sono REM permite ao cérebro estabelecer ligações novas, atuando na formação de redes associativas a partir de informações não relacionadas ao cérebro, assim ajudando o indivíduo a formular soluções criativas para os problemas.
Para saber mais sobre os estudos acesse os links abaixo.

Fonte 1:
http://www.reporterdiario.com.br/index.php?id=134640&secao=15

Fonte 2:
http://www.agencia.fapesp.br/materia/10617/sono-criativo.htm

Como Controlar o Seu Sonho Durante a Noite



1. Escolha o tema

Na hora de se deitar, pense exclusivamente no que você deseja sonhar, fique imaginando o seu sonho perfeito. Algumas vezes acontece que ao acordar não nos lembramos o sonho que tivemos, a dica para evitar isto é, antes de dormir e com o sonho já em mente, focalizar um objeto que você utiliza todos os dias, sendo assim, ao ver o item, a memória vem na hora.

2. Anotações
Mesmo que lembre apenas de uma parte do sonho, tome nota dele em um bloco de notas, se manter o hábito, sonhar vai ser um vício.

3. Quanto menos movimento melhor
Foi provado que toda vez que nos mexemos na cama, um sonho acaba e começa outro. Claro que ficar imóvel na cama durante a soneca não é algo que possamos controlar, mas se estiver desesperado por algum sonho, pegar a corda do varal é válido.

4. Acorde Espontaneamente
Ao ser despertado lembrar da noite fica difícil. Portanto deixe para sonhar nas sextas e sábados, a não ser que você seja  desocupado.

10 Fatos extraordinários sobre os sonhos



10. Os cegos também sonham
Pessoas que ficam cegas depois do nascimento podem ver imagens durante os sonhos. As pessoas que nascem cegas não enxergam nada, mas possuem sonhos igualmente vívidos envolvendo seus outros sentidos: audição, olfato, tato e suas emoções. É difícil para pessoas que enxergam imaginar, mas o a necessidade dos sonhos para o corpo é tão forte que os cegos podem virtualmente manipular todas as situações com as quais sonham. » 5 Passos para parar de fumar definitivamente


9. Você esquece 90% dos seus sonhos
Depois de cinco minutos acordados a metade do sonho já foi esquecido. Em 10m, 90% já se foi. O famoso poeta Samuel Taylor Coleridge acordou uma manhã depois de ter um fantástico sonho (possivelmente induzido pelo ópio) e começou a descrever seu “visão em um sonho”, que é um dos poemas ingleses mais famosos: Kubla Khan. Depois de haver escrito 54 linhas ele foi interrompido por um visitante indesejado. Samuel retornou ao seu poema, mas não pode lembrar o resto de seu sonho. O poema nunca foi concluído.

Curiosamente o autor Robert Stecenson inventou a história do Doutor Jeckyll e Sr. Hyde enquanto estava dormindo. Frankenstein, de Mary Shelley, também foi filho de um sonho da autora.


8. Todo mundo sonha
Com exceção de algumas pessoas com distúrbios psicológicos extremos todo o restante de nós sonha. Homens tendem a sonhar mais com outros homens, enquanto a mulher tende a sonhar igualmente com pessoas de ambos sexos. Ambos experimentam reações físicas aos seus sonhos não importando se ele tenha ou não natureza sexual; homens têm ereções e nas mulheres aumenta o fluxo sanguíneo vaginal.

7. Os sonhos previnem psicose
Em um estudo recente sobre o sono, estudantes que foram acordados no início de cada sonho, mas mesmo assim puderam dormir suas oito horas de sono. Todos experimentaram dificuldades de concentração, irritabilidade, alucinações e sinais de psicose depois de apenas três dias. Quando eles finalmente foram autorizados a dormir durante o sono REM (Rapid Eyes Movement em inglês ou movimento rápido dos olhos; é o sinal fisiológico de que começamos a sonhar durante o sono), seus cérebros compensaram o tempo perdido aumentando muito o percentual de sono realizado no estagio REM.


6. Nós sonhamos apenas sobre o que conhecemos
Nossos sonhos são frequentemente cheios de pessoas estranhas que desenpenham certos papéis. Você sabia que a sua mente não está inventando estas faces? Elas são rostos reais de pessoas que você viu durante a sua vida, mas pode não se recordar. O algoz de seu último pesadelo pode ter sido o caixa da padaria em que o seu pai comprava pão quando você era criança. Como todos vemos centenas de milhares de rostos por dia é possível que tenhamos um suprimento infindável de personagens que nossa mente por utilizar durante os sonhos.

Existe uma ciência que afirma que os sonhos são manipulados em realidade pelo próprio espírito individual, como uma espécie de comunicação.


5. Nem todos sonham em cores
Existem pessoas com visão normal (12%) que sonham exclusivamente em preto e branco. O restante sonha em cores. Há também temas comuns para os sonhos, que são situações relacionadas à escola, ser perseguido, tentar correr e mesmo assim se mover vagarosamente, experiência sexuais, cair, atrasar-se, uma pessoa viva atualmente estar morta, dentes caindo, voar, reprovar em um exame ou acidente de carro. É desconhecido se o impacto de um sonho relacionado a violência ou morte é mais emocionalmente carregado para a pessoa que sonha em cores ou para as que sonham em preto e branco.


4. Os sonhos não são sobre o assunto que parecem tratar
Se você sonha sobre algum assunto em particular não é comum que o sonho seja realmente sobre isso. Os sonhos nos falam em uma linguagem profundamente simbólica. A mente consciente tenta comparar seu sonho a outra situação ou coisa similar. É como uma analogia em uma poesia que diz que as formigas são como máquinas que nunca param. Em um sonho você nunca compara algo com esse mesmo algo, assim como na poesia, por exemplo: “Aquele belo pôr-do-sol era como um belo pôr-do-sol”. Portanto seja qual for o símbolo que o seu sonho escolha é muito improvável que o propósito do sonho seja o símbolo em si.


3. Quem pára de fumar tem sonhos mais vívidos
Os tabagistas que fumaram por muito tempo e pararam reportaram mais sonhos vívidos do que eles normalmente teriam. Em adição, de acordo com a revista científica Journal of Abnormal Psychology “entre 293 fumantes que se abstiveram entre uma e quatro semanas, 33% disseram que tiveram ao menos um sonho sobre fumar. Na maioria dos sonhos as pessoas se flagravam fumando e sentiam fortes emoções negativas como pânico e culpa. Sonhos sobre fumar foram o resultado do fato da desistência ao cigarro, pois 97% dos voluntários não os tinham enquanto fumavam e sua ocorrência foi relacionada significativamente ao período de abstinência. Eles foram relatados como mais vívidos do que os sonhos normais e são tão comuns como os grandes sintomas de abstinência ao tabaco”.


2. Estímulos externos invadem nossos sonhos
Isso é chamado de Incorporação ao Sonho e é a experiência em que a maioria de nós tem um som do mundo real ouvido em nosso sonho e incorporada de alguma maneira. Um exemplo similar ocorre quando você sente sede ou vontade de urinar no mundo real enquanto dorme e isto é transportado para o sonho. A maioria das crianças, já grandes, urinam na cama por causa de incorporação: estão com a bexiga cheia, sonham que estão apertados e urinam no sonho ao mesmo tempo em que molham a cama. Pessoas com sede durante o sono relataram tomar copos de água dentro do sonho para, minutos depois, ficar com sede e tomar outro copo. O ciclo se repete até o momento que este que a pessoa acorda.

A famosa pintura acima de Salvador Dali explica exatamente este conceito. O seu nome é “Sonho Causado Pelo Vôo de uma Abelha ao Redor de Uma Romã um Segundo Antes de Acordar”.


1. Você está paralisado durante o sonho
Acredite ou não o seu corpo está virtualmente paralisado durante o sono. Isso ocorre possivelmente para preveni-lo de atuar aspectos dos seus sonhos. Durante o sono há glândulas que secretam um hormônio que ajuda a induzir o sono e os neurônios enviam sinais à coluna vertebral que causam o relaxamento do corpo e em seguida a pessoa fica essencialmente paralisada.


Bônus: Fatos extras

* Você não sonha enquanto ronca.
* As crianças não sonham sobre si mesmas até aproximadamente os três anos. À partir desta idade as crianças tem muito mais pesadelos do que os adultos até completar 7 ou 8 anos.
* Se você for acordado durante o sono REM você tem mais chances de lembrar seu sonho mais vividamente do que quando você acorda pela manhã.
* Não existe evidência científica que confirme o mito de que acordar um sonâmbulo possa matá-lo.
* Há pessoas que sofrem de sonhos recorrentes. É um sonho que surge repetidamente durante longos períodos de tempo, até anos. Geralmente possui aspectos de pesadelo e pode ser causado por estresse pós-traumático.



Fontes:
http://listverse.com/science/top-10-amazing-facts-about-dreams/
http://pt.wikipedia.org/

Aprenda 20 curiosidades sobre os sonhos

Você se lembra do que sonha? Sonha todas as noites? Mesmo se respondeu “não” a alguma das perguntas, saiba que todo mundo sonha. E muito! Segundo o site norte-americano Dream Moods, passa-se entre uma ou duas horas sonhando por noite, e os homens sonham mais com homens, enquanto mulheres sonham igualmente com homens e mulheres.




Conheça essas e outras curiosidades sobre sonhos.

1) Passamos um terço da vida dormindo.

2) Quando chega à meia-idade, uma pessoa passou cerca de seis anos sonhando, o que significa mais de 2100 dias.

3) Os sonhos existem desde o registro da humanidade. No Império Romano, sonhos importantes eram submetidos à análise e interpretação do Senado.

4) Todo mundo sonha, sem exceção. O fato de uma pessoa não se lembrar dos sonhos não significa que não tenha sonhos.

5) Sonhos são indispensáveis. A falta deles pode significar algum tipo de deficiência proteica ou desordens de personalidade.

6) Uma pessoa sonha em média uma ou duas horas por noite. E frequentemente de quatro a sete sonhos por noite.

7) Pessoas portadoras de deficiência visual também sonham. As imagens que aparecem nos sonhos dependem de quando surgiu a deficiência, se ao nascimento ou mais tarde, mas a visão não é o único sentido presente num sonho. Sons, sensações táteis e cheiros são elementos que constituem os sonhos.

8) Cinco minutos depois do final do sonho, metade da história é esquecida. Dez minutos depois, 90% dele é perdido.

9) A palavra sonho vem do Latim somnium, que significa ilusão. Já no inglês, dream deriva da palavra dreme que significa joy (alegria) e music (música).

10) Homens tendem a sonhar mais com outros homens. E mulheres sonham igualmente com homens e mulheres.

11) Pesquisas revelam que a atividade cerebral é maior durante o sonho do que em vigília.

12) Pessoas que estavam sonhando e são acordadas logo após o sono REM, fase em que o sono é mais profundo, lembram-se de seus sonhos de maneira mais viva do que aquelas que dormem a noite toda e despertam apenas na manhã seguinte.

13) Pesquisas indicam que sonhar durante o sono REM causa ereções nos homens e aumenta o fluxo de sangue vaginal nas mulheres, não importando o conteúdo do sonho.

14) Pessoas que estão tentando deixar de fumar costumam ter sonhos mais longos e intensos.

15) Crianças pequenas não sonham com elas mesmas. Elas não aparecem em seus próprios sonhos antes dos 3 ou 4 anos.

16) Pessoas não sonham se estão roncando.

17) É normal crianças terem muitos pesadelos, normalmente a partir dos 3 anos até 7 ou 8 anos de idade.

18) 67% dos americanos já tiveram a sensação de dejá vu nos sonhos – a maioria mulheres. A expressão francesa significa “ter visto”, “sensação de ter passado por isso antes”.

19) Cerca de 3% dos adultos sofre de apneia do sono (suspensão ou diminuição da respiração), que causa cansaço e diminui a produtividade diária.

20) Pesquisas indicam que a própria casa é o cenário mais comum dos sonhos.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Duvide do seu cérebro



Dan Ariely desconfia do dele. E de idiota ele não tem nada. É professor de economia comportamental da Universidade Duke e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o MIT. Autor de Previsivelmente Irracional, Ariely diz que as decisões que tomamos - mesmo as mais milimetricamente calculadas - são contaminadas por sentimentos ou influências que nem mesmo percebemos. E que estragam o trabalho da razão.


Por que seu interesse nas nossas decisões?

Aos 18 anos, tive 70% do corpo queimado por uma explosão. Passei 3 anos no hospital. Todos os dias, as enfermeiras trocavam as bandagens que cobriam meu corpo puxando-as de uma vez. Meu sofrimento era terrível. Quando eu perguntava se não seria melhor tirar as bandagens devagarinho - o que aumentaria a duração da dor, mas reduziria sua intensidade -, as enfermeiras garantiam que não. Depois de sair de lá, fiz testes com dor e concluí que aquele só era o método certo para as próprias enfermeiras, que também sofriam com a minha situação. Foi então que comecei a me interessar pelas decisões que tomamos.


A que conclusão você chegou com os estudos?

Descobri que, sem perceber, deixamos de usar a razão frequentemente. Isso acontece porque nossas decisões são guiadas por fatores que passam despercebidos pelo cérebro quando calculamos nosso próximo passo. É possível estimular as pessoas a ver a realidade de um jeito distorcido - e elas acharão que estão vendo tudo da forma mais lógica possível.


Como assim?

Veja a influência do hábito. Sentimos que estamos sempre tomando decisões - mas, na verdade, repetimos a mesma decisão várias vezes. Você nem sempre pesa os prós e contras na hora de escolher. Só conclui que, se já agiu assim antes, sua decisão anterior deve ter sido razoável. Se comprou um carro grande, é provável que continue comprando.


Como a nossa razão pode ser manipulada?

Se estimulamos uma pessoa a adotar uma certa ótica, ela pode acabar vendo o mundo de forma diferente - o que se reflete em suas decisões. Um exemplo: reunimos alunos do MIT para fazer uma prova de matemática. Eles tinham 5 minutos para resolver vários problemas. Ao fim do tempo, deveriam rasgar a prova, dizer quantas questões haviam feito e ganhar dinheiro por elas. O resultado: vários alunos mentiram, porque sabiam que não seriam pegos. Mas, num dos testes seguintes, fizemos os alunos jurar sobre a Bíblia que não iam nos enganar. E eles não mentiram - nem mesmo os ateus. Ou seja, não tiraram uma conclusão em função dos benefícios do dinheiro e do risco de serem pegos. O raciocínio deles foi orientado pela moral, e isso inclui aqueles que supostamente nem acreditam na Bíblia.


Dá para se prevenir contra essas fraquezas?

Sim, com mecanismos que as eliminem. É duro economizar todo mês, não é? Em vez de confiar em nós mesmos, podemos criar um sistema que retire uma parte do nosso salário e a deposite na conta de aposentadoria. Afinal, se o cérebro prega peças, temos de abandonar a confiança cega nele.

Por que a gente sonha?



“O sonho não é sem sentido, absurdo, não pressupõe que uma parte de nossas idéias está dormente enquanto outra começa a despertar. É um fenômeno psíquico válido, a realização de um desejo.”


Sigmund Freud, psiquiatra austríaco fundador da psicanálise, em 1899.


“Os sonhos não são só realizações de desejos ocultos mas uma ferramenta que busca o equilíbrio pela compensação. São um meio utilizado pelo inconsciente para se comunicar com o consciente.”

Carl Jung, psiquiatra suíço, pai da psicologia analítica, na década de 1930.

“A psicanálise parte de premissas injustificadas, como de que sonhos refletem desejos reprimidos. Não há nenhuma evidência real disso.”

Robert Stickgold, psiquiatra da Universidade Harvard e pesquisador dos sonhos.

“O sonho é uma simulação do futuro. Sempre que tenho uma situação de pressão, presto atenção neles e tenho boas respostas.”

Sidarta Ribeiro, neurocientista brasileiro e pesquisador dos sonhos.

“A resposta mais honesta é: ainda não sabemos a função do sonho. Apesar de numerosas teorias, ainda não entendemos completamente o propósito do sono ou do sono profundo, que é quando a maior parte dos sonhos acontece."

Dinossauros vão voltar. E para seu bem



Eles foram extintos. Mas a ciência tem um jeito de recriá-los. Para quê? Pra encontrar remédios para as nossas piores doenças.


Os dinossauros foram extintos há milhões de anos. Mas isso não significa que nunca mais teremos um deles na Terra. É possível que um ou mais deles voltem a viver no planeta um dia. E - acredite - isso vai ter uma importância incrível para você.


Como assim? Do começo: para recriarmos um dinossauro, o jeito fácil seria usar DNA dos animais extintos. O problema é que, até agora, nunca se encontrou material genético de dinossauros. Isso significa que teríamos de achar uma alternativa. Pois nós descobrimos essa alternativa.


Na verdade, temos algum restinho de DNA de dinossauro. Ele não está nos ossos de animais mortos, e sim nos tecidos de seus descendentes, os pássaros. Pássaros são dinossauros vivos, apesar de não se parecerem com seus ancestrais. Não têm cauda ou dentes, por exemplo. E possuem asas, em vez de braços. Mas há características comuns entre eles, como o pé com 3 dedos e a fúrcula, aquele osso em forma de Y conhecido como osso da sorte. Se você pudesse olhar dentro de um ovo enquanto um pássaro se forma, veria que o bicho até chega a desenvolver cauda e braços. Essas estruturas, no entanto, acabam se desintegrando com a atuação de alguns genes, antes que o ovo seja chocado.


Ou seja: a chave para construirmos um dinossauro está no funcionamento desses genes. Tudo o que precisamos é impedir que eles sejam "ligados" e destruam a cauda e os braços antes que se formem por completo. Alguns pesquisadores estão fazendo isso, como Hans Larsson, professor da Universidade McGill, de Montreal. E pesquisadores da Universidade de Wisconsin já descobriram quais genes podem gerar pássaros que tenham dentes.


Esses experimentos têm um objetivo nobre: descobrir como encontrar determinados genes e aprender o jeito de ligá-los e desligá-los. Quando soubermos mais sobre o processo de transformar pássaros em dinossauros, poderemos usar as informações para o nosso próprio bem. Esperamos poder compreender melhor algumas doenças genéticas que afetam a nós, humanos. E talvez até controlá-las.


Por isso, estamos usando frangos como cobaias. Acreditamos que podemos criar um "frangossauro" (ou chickenosaurus, em inglês) - um pássaro que tenha características dos dinossauros. Criaturas assim seriam produzidas somente uma por vez, e apenas dentro de um ovo. Não seriam liberadas para correr pelo laboratório e perseguir pessoas.


Não pensem que estamos tentando criar um frangossauro por diversão ou para aparecer em manchetes. Será apenas uma forma de desenvolver métodos práticos de engenharia genética que nos livrem de doenças graves. E, de quebra, destrinchar o desenvolvimento da evolução.